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Nos dias de hoje, os brasileiros não veem a hora de se livrar das máscaras usadas como prevenção à possível mortal contaminação pelo vírus da Covid-19. Máscaras que continuam protegendo idosos, adultos e crianças mesmo depois da chegada das vacinas. O anúncio pelas autoridades sanitárias da continuada redução do número de vítimas fatais ao longo do tempo, da menor ocupação dos leitos hospitalares por homens e mulheres atingidos pela doença e outros sinais de que “o pior já passou” são pretextos para que a máscara seja deixada de lado e vire peça de museu. Esse desejo de se libertar dessas fieis protetoras tem exemplos na História. Um deles vem da Inglaterra. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 15 de setembro de 1939, milhares de moradores de Londres foram aos postos de precaução antiaérea para saber se não precisavam mais levar consigo a máscara contra gases. A corrida foi motivada pelo anúncio feito, no dia anterior, pelo então ministro britânico das Relações Exteriores. O visconde de Halifax havia declarado na Câmara dos Lordes que a Alemanha prometera não fazer uso de gases tóxicos se a Inglaterra fizesse o mesmo. A notícia se espalhou e provocou o corre-corre. Diante daquele alvoroço, o ministro das Informações do país teve de ir a público para dizer que a situação não havia mudado e que a lei obrigava toda a população a fazer uso das máscaras de proteção. Disse ainda que “os agentes dos postos de precaução antiaérea foram autorizados a pôr em prática o método razoável de persuasão, de acordo com as circunstâncias”. Ele não definiu o que vinha a ser esse tal “método razoável de persuasão”.
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Escritor e jornalista formado pela Universidade de São Paulo, com passagem pelo Diário Comércio e Indústria, pela Revista dos Tribunais, pela Editora Abril e diversos outros órgãos de imprensa, com especialização em extensão rural e jornalismo científico.