Robôs chegam para realizar cirurgias menos invasivas e dar mais precisão à medicina ortopédica

Robôs chegam para realizar cirurgias menos invasivas e dar mais precisão à medicina ortopédica
Photo by Vidal Balielo Jr. on <a href="https://www.pexels.com/photo/two-person-doing-surgery-inside-room-1250655/" rel="nofollow">Pexels.com</a>

Desde o final de 2020, cirurgiões ortopédicos contam no Brasil com a ajuda de robôs para o implante de prótese de joelho, a chamada artroplastia de joelho primária. Naquele ano ocorreu em São Paulo a primeira cirurgia robótica ortopédica no país. De lá para cá, o número total de equipamentos vem aumentando: a tecnologia agora está presente em sete estados brasileiros e 13 hospitais. O Brasil é um dos primeiros países na América Latina a oferecer aos pacientes em ortopedia uma medicina de precisão cada vez maior.

“No ‘pool’ de novas tecnologias que invadiu a área da saúde, talvez a mais moderna, mais esperada, e também mais fascinante seja a Cirurgia Robótica. Empresas de equipamentos médicos redirecionaram recursos extraordinários para desenvolver, testar, e, finalmente, adequar os robôs-médicos para a prática diária dos hospitais. Hoje, pode-se dizer que vivemos um verdadeiro ‘boom’ de robotização nos procedimentos médicos”, comenta o dr. Dante Grein, Cirurgião de Joelho e de Quadril do Pilar Hospital, primeira instituição médica a adotar a tecnologia em Curitiba, capital do Paraná.

Outro especialista que faz uso da técnica é o dr. Antonio Carlos Canto Tomazini, ortopedista e traumatologista, especialista em Artroscopia e Traumatologia do Esporte do Hospital Marcelino Champagnat, também em Curitiba. Segundo ele, o advento do robô trouxe maior precisão cirúrgica e possibilitou que procedimentos complexos fossem realizados de forma segura: “Por permitir uma visualização ampliada do campo cirúrgico, em alta definição e tridimensional (3D), o uso do robô garante um melhor acesso e visualização das estruturas anatômicas, possibilitando uma cirurgia mais precisa, eficaz e segura”.

Quem dá as ordens é o cirurgião

Diferentemente do que muitos possam imaginar, o robô não funciona de forma autônoma. No estágio tecnológico atual disponível no Brasil, todos os movimentos realizados por ele são controlados pelo cirurgião. “A função do sistema robótico é permitir ao cirurgião um movimento mais preciso e delicado, com uma visualização mais acurada e em uma posição no console que evita o cansaço ao longo da cirurgia. O robô nunca toma decisões próprias, nem executa comandos que não tenham sido ordenados pelo cirurgião”, complementa Tomazini. 

Na verdade, trata-se de um sistema cirúrgico assistido por robô, que auxilia os especialistas na realização da cirurgia de substituição total do joelho, com recursos para auxiliar nas ressecções ósseas, bem como avaliar o estado dos tecidos moles, o que facilita o posicionamento do implante no período intraoperatório. O sistema fornece uma análise contínua de dados para auxiliar na tomada de decisões complexas e permite que os cirurgiões usem a tecnologia de computador e software para posicionar instrumentos cirúrgicos, permitindo grande precisão durante os procedimentos. O sistema fornece imagens pré-operatórias baseadas em raios-X que levam à criação de um modelo 3D e do plano da anatomia óssea de um paciente, além de permitir o mapeamento intraoperatório em tempo real da anatomia e movimento de um paciente, o que ajuda os cirurgiões a personalizarem procedimentos e otimizarem a colocação do implante.

Hoje em dia, vários robôs, cada um com suas características e complexidades, estão presentes em várias especialidades com tecnologia diferenciada e são capazes de realizar tarefas minuciosas e agregar qualidade aos cuidados médicos e às cirurgias de alta complexidade.

Tecnologia nascida nas guerras

Originalmente desenvolvido pelo exército dos Estados Unidos, a tecnologia robótica foi idealizada para permitir a realização de cirurgias em soldados feridos no campo de batalha, cirurgias que deveriam ser executadas por cirurgiões localizados à distância.

Num passado não tão distante, as pesquisas avançaram. O aprimoramento de hardwares e softwares, além do desenvolvimento e da popularização da internet, aceleraram a troca de conhecimentos e, com isso, a tecnologia começa também a se fazer presente nos centros cirúrgicos. Hoje a medicina robótica é uma realidade e já encontramos robôs na ortopedia, na oncologia, na urologia, em uma simples teleconsulta e em mais uma infinidade de áreas. Mas é importante destacar que, no atual estágio da medicina robótica, os robôs ainda não têm autonomia, ou seja, dependem dos comandos de cirurgiões altamente capacitados para executar as máquinas e as atividades médicas.

Vantagens na ortopedia

As altas taxas de sucesso nas cirurgias robóticas comprovam que os pacientes que se submetem a esta técnica ortopédica mostram uma recuperação mais rápida, favorecendo que se movimentem de forma autônoma em menos dias. Comparada à cirurgia convencional ou aberta, os benefícios da cirurgia minimamente invasiva em geral incluem menor sangramento durante a cirurgia, menos dor no pós-operatório, na recuperação e na mobilidade, além de uma maior qualidade de vida para o paciente.

Imagem em destaque: Pexels

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