Projeto prevê novo aeroporto regional em Aparecida de Goiânia até o fim do ano que vem
Aparecida de Goiânia, município da região metropolitana de Goiânia, deve contar, até o final de 2024, com um aeroporto que dará suporte à aviação regional, ao transporte de carga, aos serviços de aviação agrícola, táxi-aéreo, atendimento médico e outras operações de voo. A infomação é Rodrigo Neivas, diretor comercial do Antares Pólo Aeronáutico, um projeto capitaneado por várias empresas goianas que pretende explorar a privilegiada localização geográfica de Goiás, um dos mais importantes pólos de serviços aeronáuticos do Brasil.
Além da aviação comercial, a movimentação de aeronaves particulares é grande. Goiás responde pela quinta maior frota de aeronaves civis. São 1.409, conforme informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Dados recentes da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) colocam o estado do Centro-Oeste do país atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro quanto à quantidade de bases de manutenção de aeronaves. São Paulo tem 180 bases, Rio de Janeiro, 65, e Goiás, 53. Relatório da associação indica que Goiás está em quarto lugar em número de empresas que prestam serviços à agricultura e o sétimo em quantidade de aeródromos (196 somando-se os privados e os públicos).
“Goiás, na sua centralidade em relação ao Brasil, é um estado que possui muitas especificações para atender a todos os serviços e infraestruturas ligadas à aviação. Nessa área de manutenção de aeronaves, por exemplo, temos aqui muitas empresas com certificação nacional e internacional, e temos também uma mão de obra extremamente qualificada para esse mercado”, destaca Neivas. Ele lembra que o estado está a uma hora de voo dos principais pólos de consumo e concentração populacional do país, que compõem 65% do PIB nacional. “Mesmo as regiões consideradas mais distantes, como os extremos norte e sul do Brasil e alguns estados do Nordeste, não estão a mais do que quatro horas de voo de distância. Então, quando você olha essa questão das horas voadas, que são bem menos do que as gastas por qualquer outro modal de transporte, você percebe que a aviação em Goiás tem um potencial gigantesco”, avalia.
Potencial
Em sua primeira fase, o projeto terá uma pista de pouso com extensão de 1.980 metros e mais de 45 metros de largura. O PCN (Número de Classificação do Pavimento) suportará um Boing 737-800. O objetivo inicial é entregar a área de embarque e desembarque em fins de 2024, além de 72 lotes de 1.000m² a 1.500m² de área, com toda a infraestrutura necessária para a instalação de hangares e serviços ligados à aviação, como empresas de transporte e logística, distribuidoras de combustíveis etc.