Palestra analisa vida, atuação política e legado da princesa Isabel como regente do Império

No próximo dia 19 de maio, a Fundação Biblioteca Nacional promove uma sessão on-line aberta para o grande público sobre a princesa Isabel, sua vida, sua atuação política e o legado que deixou para a História do Brasil. Filha e herdeira do Imperador D. Pedro II, Isabel não chegou a reinar, mas foi três vezes regente do Império e exerceu efetivamente a chefia de Estado durante três anos e meio – quase o mandato regular de um presidente da república atual.

Cuidadosamente educada para o papel histórico que lhe estava destinado, dotada de forte personalidade e com uma visão muito além de seu tempo, soube vencer preconceitos e se impor à classe política do Império. Influenciou os debates políticos em torno das duas leis mais importantes da Campanha Abolicionista – a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei Áurea (1888) –  vencendo em ambos os casos uma poderosa corrente escravagista e assinando por fim as duas leis. Sua atuação redentora, entretanto, ficou inacabada, porque não conseguiu realizar o projeto que seria a grande obra de um terceiro reinado: a inclusão dos antigos escravos, de forma condigna, na economia e na vida social do país.

O palestrante especialmente convidado para essa sessão é Armando Alexandre dos Santos, conhecido historiador brasileiro especializado em temas como o Brasil Império, a Família Imperial e sua descendência. A sessão será transmitida ao vivo pelo YouTube, a partir das 17 horas de quinta-feira, dia 19; no final, Santos responderá a perguntas formuladas pelos assistentes.

O palestrante

ARMANDO ALEXANDRE DOS SANTOS É licenciado em História, em Filosofia e em Letras-Português, pós-graduado em História Militar e em Museografia e Patrimônio Cultural, doutor na área de Filosofia e Letras pela Universidade de Alicante, pós-doutorando na Universidade de São Paulo (USP). Desde 2015 leciona nos Cursos de Pós-graduação em História Militar e de Graduação em História na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Escreveu e publicou livros históricos, entre os quais “A Legitimidade Monárquica no Brasil”, “Ser ou não ser monarquista, eis a questão”, “Parlamentarismo, sim, mas à brasileira”, “O Brasil Império nas páginas de um velho almanaque alemão”, “D. Pedro Henrique, o condestável das saudades e da esperança”, “O culto de Maria Imaculada na tradição e na História de Portugal”, “Frei Galvão, o primeiro Santo brasileiro”, ”Dialética pró e contra as Cruzadas em documentos do século XIII”, “Dom Luiz na Grande Guerra: aventuras, desventuras e conjecturas de um Príncipe brasileiro”. Mantém, em jornais da imprensa diária de Piracicaba-SP, duas colunas fixas semanais, já tendo publicado nessas colunas aproximadamente 600 artigos. É membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e dos Institutos congêneres de São Paulo, da Bahia, do Ceará, do Espírito Santo, de Minas Gerais e de Santa Catarina, assim como do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil; é membro da Academia Portuguesa da História, da Associação Nacional dos Professores Universitários de História-ANPUH, da Associação Brasileira de Estudos Medievais-ABREM. É também editor e jornalista-responsável da “Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo”.

Imagem em destaque: FBN/Divulgação