Método Braile ajuda a integrar cegos e deficientes visuais à sociedade
Em 2018, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu dedicar celebrar, no dia 4 de janeiro, o Dia Mundial do Braile, reconhecendo o uso da linguagem escrita como essencial para a plena realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais de pessoas com problemas visuais. Esse sistema de escrita tátil, inventado por Braille em meados do século 19, consiste em uma letra, dígito ou símbolo musical representado por uma combinação de seis pontos, que garante o acesso dos cegos à leitura. Pelo sistema, as pessoas com problemas de visão podem se integrar com maior facilidade à sociedade através do toque.
A ONU incentiva que todos os países realizem, sempre no dia 4 de janeiro, uma série de iniciativas de conscientização, para que todos os seres humanos tenham uma vida próspera e gratificante.
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU em 2006, enfatiza que o Braile promoveu o bem-estar das pessoas com problemas visuais por ser um elemento essencial para a educação, a liberdade de expressão, acesso à informação e à inclusão social.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, estima-se que haja 36 milhões de cegos no mundo e 216 milhões com deficiência visual moderada ou grave. A ONU recorda que as pessoas com deficiência visual correm maior risco de acabar na pobreza: a perda da visão pode causar uma vida de desigualdade, saúde precária e dificuldade de acesso à educação e ao trabalho.
Sobre o inventor
Louis Braille nasceu perto de Paris, França, em 4 de janeiro de 1809, e ficou cegou aos 3 anos de idade. Aos 20 anos, conseguiu inventar o alfabeto Braile, conhecido no mundo inteiro. Ainda hoje é usado como forma oficial de leitura por pessoas com deficiência visual.