Igreja Católica firma posição contra as mudanças de sexo e a teoria de gênero
Na manhã desta segunda-feira, 8 de abril, o Vaticano divulgou a nota Dignitas infinita (Dignidade infinita), posicionando-se contra as mudanças de sexo, a teoria de gênero, o aborto, a eutanásia e a pena de morte. A nota, elaborada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, também declara que a “maternidade de substituição” viola a dignidade não apenas da criança mas também da mãe de aluguel. O documento lembra que, em janeiro deste ano, o Papa Francisco referiu-se à maternidade de substituição como algo desprezível e pediu sua proibição em todo o mundo.
A respeito da teoria de gênero, o texto de hoje destaca que a autodeterminação pessoal equivale à “antiga tentação de tornar-se Deus, entrando em competição com o verdadeiro Deus de amor revelado no Evangelho”.
Embora reconheça que algumas pessoas passem por cirurgias com o objetivo de resolver “anormalidades genitais”, o documento enfatiza que qualquer intervenção de mudança de sexo, como regra, corre o risco de ameaçar a dignidade única que a pessoa recebeu desde o momento da concepção”.
Apesar dessa objeção, o documento também denuncia ser contrário à dignidade humana o fato de que, em alguns lugares, pessoas são presas, torturadas e até mesmo privadas do bem da vida somente por causa de sua orientação sexual.
A nota relembra a permanente condenação do Vaticano ao aborto, à eutanásia e à pena de morte, citando Francisco, seus antecessores Bento 16 e João Paulo II. além de documentos anteriores.
Desde novembro de 2023, o Dicastério para a Doutrina da Fé vem divulgando vários documentos em resposta a perguntas de bispos e cardeais sobre questões atuais. Em 18 de dezembro, o órgão publicou o documento doutrinário Fiducia supplicans, que abre a possibilidade de que casais “irregulares” sejam abençoados, desde que fora de qualquer ritualização e imitação do matrimônio.