EUA aprovam primeira terapia genética para câncer de bexiga não invasivo e de alto risco
Hoje, a Food and Drug Administration dos EUA, agência similar à Anvisa no Brasil, aprovou uma opção de tratamento para pacientes com câncer de bexiga não invasivo muscular de alto risco, recomendada para quem não responde à terapia com BCG (Bacillus Calmette-Guérin). A droga, que chega ao mercado com o nome de Adstiladrin e que tem nadofaragene firadenovec-vncg como princípio ativo, oferece aos profissionais de saúde uma alternativa para o combate a uma das formas mais comuns de câncer. No câncer de bexiga, as células malignas formam um tumor nos tecidos do órgão e podem invadir e destruir tecidos normais do corpo. Com o tempo, as células anormais também podem se espalhar pelo organismo da pessoa. De acordo com a FDA, a maioria dos cânceres de bexiga recém-diagnosticados (75% a 80%) são classificados como NMIBC – um tipo de câncer que cresceu através do revestimento da bexiga, mas que ainda não invadiu a camada muscular. Este tipo de câncer está associado a altas taxas de recorrência (entre 30 a 80%) e ao risco de progressão para câncer invasivo e com poder de se espalhar.
O tratamento e cuidados de pacientes com NMIBC de alto risco, incluindo aqueles com carcinoma in situ, ou CIS (células cancerígenas anormais encontradas no local onde se formaram e que não se espalharam para tecidos próximos), geralmente envolvem a remoção do tumor e o uso de BCG para reduzir o risco de recorrência do câncer. Existem poucas opções de tratamento eficazes para pacientes que desenvolvem doença que não responde ao BCG. A incapacidade de obter uma resposta completa ou o desaparecimento de todos os sinais de câncer está associada a um risco aumentado de morte ou a um evento de piora da doença. Sem tratamento, o câncer pode invadir, danificar tecidos e órgãos e se espalhar pelo corpo. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças norte-americanos, cerca de 57.000 homens e 18.000 mulheres são diagnosticados com câncer de bexiga todo ano, e cerca de 12.000 homens e 4.700 mulheres morrem da doença a cada ano naquele país.
Adstiladrin é administrado uma vez a cada três meses na bexiga através de um cateter urinário. As reações adversas mais comuns associadas ao medicamento incluíram descarga da bexiga, fadiga, espasmo da bexiga, urgência urinária, hematúria (presença de sangue na urina), calafrios, febre e dor ao urinar. Indivíduos imunossuprimidos ou imunodeficientes não devem entrar em contato com Adstiladrin.
Imagem em destaque: Foto Crédito Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos da América.