Estudo sugere que uma em cada 5 espécies de répteis corre risco de extinção no mundo
Mais de 21% das espécies de répteis estão ameaçadas de extinção, segundo uma avaliação global de mais de 10.000 espécies publicadas na Nature na data de hoje. As descobertas indicam que alguns répteis, incluindo muitas espécies de crocodilos e tartarugas, requerem esforços urgentes de conservação para evitar extinções. Avaliações abrangentes de risco de extinção estão disponíveis para aves, mamíferos e anfíbios, mas faltam para répteis. As estratégias de conservação para répteis até agora se basearam nos critérios e distribuições da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), criada para informar políticas e prioridades com relação a outros animais.
Bruce Young e colegas aplicaram os critérios da Lista Vermelha da IUCN para examinar os riscos de extinção dos répteis globalmente. Das 10.196 espécies avaliadas, inclusive no Brasil, eles descobriram que pelo menos 1.829 (21%) das espécies estavam ameaçadas de extinção (categorizadas como vulneráveis, ameaçadas ou criticamente ameaçadas). Crocodilos e tartarugas estão entre as espécies mais ameaçadas, com cerca de 57,9% e 50,0% dos avaliados sob ameaça, respectivamente.
Os autores indicam que fatores como agricultura, exploração madeireira, desenvolvimento urbano e espécies invasoras são os motores da ameaça a esses animais, embora previsões anteriores tenham apontado que os répteis correm maior risco em ambientes áridos. O estudo não chegou a nenhuma conclusão quanto à interferência das mudanças climáticas no processo.
Os autores destacam que muitos dos riscos que os répteis enfrentam são semelhantes aos enfrentados por outros grupos de animais e sugerem que os esforços de conservação para proteger esses grupos – incluindo restauração de habitat e controle de espécies invasoras – também podem ter beneficiado os répteis. No entanto, eles alertam que alguns répteis exigem esforços urgentes de conservação para evitar extinções.
Imagem em destaque: foto ilustrativa/Pexels
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