Durante sínodo, mostra fotográfica exibe males da mineração na Amazônia

Foto: Vaticano

Durante o Sínodo para a Amazônia, que tem início neste domingo, dia 06, e se encerra no dia 27, no Vaticano, será apresentada uma exposição fotográfica sobre os impactos da mineração na Amazônia brasileira e peruana. Apesar de ser uma iniciativa voltada para o bioma amazônico, casos recentes de grandes impactos da mineração também compõem a exposição, como os crimes socioambientais da empresa Vale em Brumadinho (MG), com 250 pessoas mortas e 20 desaparecidas, e em Mariana (MG), com 19 pessoas mortas; e o caso de Barcarena (PA), em que o vazamento de bauxita da Hydro Alunorte contaminou diversos rios da região. A mostra também aborda a resistência dos povos e comunidades do campo e o trabalho, diante desses conflitos, das igrejas locais.

“Mineração: Mal Comum na Amazônia” é o tema da mostra, que surgiu a partir de uma articulação entre a Rede Igrejas e Mineração, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a entidade de cooperação espanhola Manos Unidas. As imagens que compõem a exposição são da fotógrafa Andressa Zumpano e dos fotógrafos Thomas Bauer, Mikaell Carvalho e Oscar Mujica. O projeto conta com o apoio da organização Justiça nos Trilhos e do Instituto Socioambiental (ISA). 

A apresentação das fotografias e de vídeos integra a programação do espaço denominado “Amazônia: Casa Comum”, na Igreja Santa Maria em Transpontina, na Via della Conciliazione, em Roma. Além desse evento, cerca de outras 130 atividades ocorrerão em consonância com o Sínodo.

Para a organização do evento, a força das imagens permite apreciar e abordar uma realidade frequentemente ignorada: “a beleza da Amazônia, de seus povos e comunidades, e os severos impactos empresariais que afetam o bioma e quem vive neste território. São impactos provenientes da mineração, da extração de petróleo, da pecuária extensiva, dos monocultivos, das mega-hidrelétricas, da extração ilegal de madeira e etc”.

A mineração, a cada dia, torna-se responsável por boa parte dos conflitos e das violências que as comunidades do campo sofrem. As empresas desse ramo causaram 50,36% dos conflitos por água registrados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) em 2018. Do total de 276 conflitos desse tipo, 139 foram em consequência da mineração, sendo que deste número, 111 foram protagonizados por mineradoras internacionais e 28 por empresas nacionais. E no período entre 2004 e 2018, foram registrados pela Pastoral da Terra 1.123 conflitos por água ocasionados pela atividade minerária. 

O papa Francisco, que convocou o Sínodo em 2017, destaca que a Amazônia tem se tornado um território muito disputado, e que essa realidade exige uma presença fraterna e solidária por parte da igreja, portanto o Sínodo da Amazônia despertou interesse no mundo e muita esperança entre os povos amazônicos. Mas também muitos ataques daqueles que vêem a Amazônia como um enorme depósito de bens e riquezas que devem ser explorados e extraídos para serem convertidos em dinheiro.

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