Deputados estaduais aprovam privatização da Sabesp em sessão tumultuada
Ontem, 6 de dezembro, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou por 62 votos a favor e um voto contra o Projeto de Lei 1.501/2023, que autoriza o governo paulista a negociar sua participação acionária na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), privatizando-a. A aprovação aconteceu depois que a polícia militar usou gás de pimenta para reprimir manifestantes contrários que acompanhavam a sessão. Após um longo intervalo, a sessão foi retomada.
A privatização da Sabesp é uma das mais importantes promessas eleitorais do atual governador do estado, Tarcísio de Freitas, que se envolveu diretamente no processo, reunindo-se pessoalmente com todos os prefeitos das 375 cidades atendidas pela empresa, conseguindo convencer a maior parte deles sobre a importância da privatização.
Em nota publicada no site do governo estadual, Freitas disse que a privatização é um grande avanço para São Paulo. “Ajudará a construir um legado de universalização do saneamento, de despoluição de mananciais, de aumento da disponibilidade hídrica e de saúde para todos”, afirmou. Após a aprovação pela Alesp, o Projeto de Lei vai à sanção do governador e será publicado no Diário Oficial do Estado.
A oposição aponta que faltou debate público a respeito do assunto, que recente pesquisa indica que mais de 50% da população é contra a privatização e que o governo liberou milhões de reais em emendas parlamentares para que os deputados aprovassem o Projeto de Lei. A oposição está recorrendo à justiça para impedir que o processo avance.