Dados recentes revelam a extensão da violência sexual contra mulheres e homens… nos EUA
Informações publicadas nos primeiros dias de fevereiro de 2022 dão conta de que mais de 33 por cento das mulheres e 25 por cento dos homens sofreram algum tipo de violência sexual física ao longo de suas vidas. Quase uma em cada 5 mulheres sofreu estupro ou tentativa de estupro. Entre os homens, a proporção é de um para cada 38. Um em cada 14 homens foi obrigado a penetrar em alguém (tendo concluído ou apenas tentado) durante sua vida. Uma em cada 3 pessoas do sexo feminino sofreu estupro pela primeira vez entre 11 e 17 anos de idade. Para meninas com 10 anos, a proporção é de uma em cada 8. Relatos de garotinhas menores de 10 anos indicam a proporção de uma para cada 4. Estimativas recentes colocam o custo vitalício do estupro em mais de 600 mil reais por vítima, incluindo aí custos médicos, perda de produtividade, ações de justiça criminal, entre outros custos.
Esses números não são relativos ao Brasil. Foram fornecidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e se limitam aos Estados Unidos da América.
A violência sexual afeta milhões de pessoas todos os anos nos Estados Unidos. Os pesquisadores sabem que o número de casos é maior porque muitos deles não são relatados. As vítimas podem ficar envergonhadas ou com medo de contar à polícia, amigos ou familiares sobre a violência que sofreram. Também podem achar que ninguém as ajudará ou ficar quietas porque foram ameaçadas caso contem a alguém.
Para efeito dessas estatísticas, violência sexual é a atividade sexual cujo consentimento não foi obtido ou não foi dado livremente. Pode ocorrer pessoalmente, on-line ou por meio de tecnologia, como postar ou compartilhar sem consentimento fotos sexuais de alguém ou praticar sexting não consensual. É um grave problema de saúde pública nos Estados Unidos, afetando profundamente a saúde, as oportunidades e o bem-estar ao longo da vida. A violência sexual atinge todas as comunidades e pessoas de todos os gêneros, orientações sexuais e idades. Qualquer pessoa pode experimentar ou cometer violência sexual. O perpetrador geralmente é alguém que a vítima conhece, como um amigo, parceiro íntimo atual ou anterior, colega de trabalho, vizinho ou membro da família.
No Brasil
Mais de 1,5 mil denúncias de violência sexual na internet contra crianças e adolescentes foram registradas pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) em 2021. Para apoiar pais e familiares no enfrentamento a este tipo de situação, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) disponibiliza ferramentas que ajudam a prevenir e proteger os filhos do mau uso da tecnologia e ajudar na prevenção de abusos e outras práticas.
A preocupação do governo federal se dá porque uma em cada cinco crianças e adolescentes entre nove e 17 anos vê material sexual indesejado on-line. É o que aponta o relatório ‘Segurança online de crianças e adolescentes: minimizar o risco de violência, abuso e exploração sexual online’, publicado em 2019 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Lazer (Unesco) e a União Internacional de Telecomunicação (UIT). Além disso, no Brasil, em 2018, foram registradas cerca de 60 mil denúncias de pornografia infantil na internet (ONG Darkness to Light).
- – matéria atualizada em 14 de maio de 2022
Fonte: Centers for Disease Control and Prevention (CDC)/EUA. Imagem em destaque: Pexels
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