Carros autônomos: falta um bocado para que eles desbanquem a condução por humanos

Carros autônomos: falta um bocado para que eles desbanquem a condução por humanos
Crédito Foto: Elias Ehmann/Unsplash

A indústria automobilística vem investindo cada vez mais em veículos que circulem por conta própria, sem serem dirigidos pelos humanos. Num futuro próximo, quando estivermos esperando o sinal verde para atravessarmos ruas e avenidas, veremos carros “auto móveis” de verdade passando diante de nós. Se estivermos dentro de um deles, não precisaremos fazer nada mais do que observar os sensores e algoritmos sofisticados do carro cuidando de tudo. Teremos mais tempo para curtir a viagem, ver o que acontece à nossa volta, o que, nos dias de hoje, é extremamente perigoso e pode causar sérios acidentes de trânsito. Serão meios de transporte totalmente seguros… Serão mesmo?

A segurança desses veículos vem sendo alvo de estudos comparativos e os resultados obtidos atualmente indicam que muito terá de ser feito para que recebam o carimbo de “perfeitos”. Um deles, publicado hoje na Nature Communications, compara dados de acidentes rodoviários acontecidos entre 2016 e 2022. Seus autores analisaram situações envolvendo mais de 35 mil veículos dirigidos por humanos e 2.100 veículos autônomos, principalmente na cidade da Califórnia, EUA. Uma das conclusões a que chegaram é que, de fato, os veículos “auto móveis” se envolveram num menor número de acidentes na maioria dos cenários da pesquisa. Em outras palavras, a investigação apoia a noção de que a tecnologia autônoma pode mesmo melhorar a segurança no trânsito. Mas, atenção, pode… Até chegarmos a um resultado satisfatório, muito carro vai passar debaixo do viaduto.

A análise comparativa feita por Mohammed Abdel-Aty e Shengxuan Ding revelou que os veículos com toda essa tecnologia embarcada são geralmente mais seguros quando realizam tarefas comuns, como permanecer na faixa de trânsito e ajustar-se ao fluxo do tráfego. Além disso, os “auto móveis” também se mostraram mais seguros no caso de colisões traseiras e laterais (elas foram 0,5 e 0,2 menores, respectivamente). Porém, em seu estado tecnológico atual, os veículos autônomos mostraram ser menos seguros em condições de pouca luz ao amanhecer ou ao anoitecer e durante a execução de curvas. No primeiro caso, para cada acidente envolvendo carro dirigido por humanos, foram registrados 5,25 acidentes com carros autônomos. No segundo caso, para cada acidente dirigido por alguém, ocorreram quase dois acidentes com veículos “auto móveis” (1,98 para ser mais exato). De acordo com a pesquisa, a direção por humanos ganha da direção autônoma quando manobras mais refinadas precisam ser feitas a fim de que ninguém seja atropelado, todos dentro do veículo cheguem ao destino sãos e salvos ou sem que o carro acabe indo pra oficina.

Os veículos autônomos estão sendo criados para dar mais segurança a quem dirige, circular no trânsito com precisão, reduzindo ou, quem sabe, eliminando o erro humano, hoje uma das principais causas de acidentes rodoviários. No entanto, os autores do comparativo, ambos da Universidade norte-americana da Flórida Central, observam que a tecnologia de condução autônoma necessita de maior refinamento para superar as capacidades de condução humana de forma consistente. Ou até mesmo para simplesmente se igualar a elas.

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