Sueli, uma simpática garotinha surda, entrou para a Turma da Mônica e vai contar em LIBRAS um linda história dos Irmãos Grimm
Sueli, a mais nova personagem da Turma da Mônica, é surda e vai contar para seus pequenos leitores um clássico da literatura infantil de um jeito bem diferente: usando a língua de brasileira de sinais (LIBRAS). O lançamento do livro O Lobo e os Sete Cabritinhos acontece durante a 26ª Bienal do Internacional do Livro, de 2 a 10 de julho, no Expo Center Norte, na capital paulista. Numa parceria entre a editora On Line e a Maurício de Sousa Produções (MSP). o projeto tem o objetivo de contribuir para o papel da família e dos responsáveis diante da inclusão escolar e social da criança surda e leitora, bem como oferecer recursos aos educadores, no intuito de favorecer o desenvolvimento dessa criança na sua primeira língua.
Ricamente ilustrado com cenas da turminha mais divertida do Bairro do Limoeiro, o livro também apresenta a história com imagens que revelam com clareza a execução dos movimentos de cada sinal na LIBRAS, para que o educador e a criança leitora possam entendê-los e executá-los, proporcionando, dessa maneira, um importante suporte literário à criança surda. “Assim como a criança ouvinte, a criança surda igualmente se beneficia com a magia dos contos clássicos. No entanto, esta necessita que o mundo lhe seja apresentado em seu idioma, estimulando, assim, uma real compreensão em uma interação com qualidade, significado e respeito”, explica a escritora e intérprete de LIBRAS Izildinha Houch Micheski, responsável pela adaptação da história de Wilhelm e Jacob Grimm.
Segundo a especialista, trata-se de uma iniciativa surgida a partir da reflexão sobre a escassez desse gênero literário adequado para a LIBRAS no mercado. “As experiências educacionais vivenciadas e desenvolvidas ao longo de uma trajetória, uma vez que são multiplicadas, podem se transformar em um acervo significativo na contribuição para o enriquecimento da prática de muitos educadores em favor do desenvolvimento e letramento do educando surdo, permitindo, ainda, que as famílias possam desenvolver a leitura compartilhada em seus lares”.
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