Na Conferência dos Oceanos da ONU, Brasil defende tratado global contra a poluição marinha causada por plásticos
Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente do Brasil, discursou hoje, 28 de junho, na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que acontece em Lisboa, e defendeu a criação de dois acordos internacionais em prol da vida marinha. Na Altice Arena, que abriga o evento, o representante do governo brasileiro falou sobre a importância de um tratado global para reduzir a poluição causada por plásticos, tema que tem ganhado destaque na conferência em Portugal.
“Um acordo juridicamente vinculante sobre a conservação e o uso sustentável da biodiversidade marinha em áreas além da jurisdição nacional. E um instrumento global para reduzir a poluição plástica, inclusive no ambiente marinho. O lixo no mar, especialmente o plástico, é um grave problema ambiental que a comunidade internacional finalmente começou a reconhecer e a estabelecer mecanismos para enfrentá-lo de forma coordenada”, disse Leite. De acordo com ele, 27 por cento da área marinha brasileira – que é de 5,7 milhões de quilômetros quadrados – são protegidos.
Em sua exposição, o ministro mencionou vários programas do governo para redução da poluição por plásticos, como o “Lixão Zero”, que, segundo ele, já encerrou 20% dos lixões a céu aberto desde 2019. Leite também citou um outro projeto envolvendo a população e voluntários e que teria retirado de praias e manguezais 637 mil itens, sendo 355 mil itens de plásticos.
A Conferência dos Oceanos da ONU segue até sexta-feira, quando deverá ser divulgado o acordo final firmado entre os países-membros em prol da vida marinha, da economia azul e da recuperação do ecossistema marinho.
Imagem em destaque: Detritos plásticos marinhos impactaram mais de 600 espécies marinhas. Crédito: Ocean Image Bank/Vincent Knee.
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