Protesto real e filme se unem contra o feminicídio no Festival de Cinema de Cannes 2022
No domingo, 21, momentos antes da exibição do filme Holy Spider (Aranha Santa) no Festival de Cinema de Cannes, um grupo protestou contra o feminicídio que vem ocorrendo na França. Liberando fumaça negra de sinalizadores e erguendo seus punhos, 12 ativistas vestidas de preto exibiram uma longa lista com o nome de 129 mulheres vítimas de violência doméstica e assassinadas no país desde a realização anterior da tradicional mostra cinematográfica internacional, que está em sua 75ª edição.
O público presente associou a manifestação ao filme que ia ser exibido. Escrito pelo iraniano Ali Abbasi, o roteiro é baseado numa história real em que Saeed Hanaei assassina prostitutas acreditando estar em uma missão para limpar do pecado as ruas da cidade sagrada de Mashhad. Na tela, jornalistas investigam o serial killer.
Na sexta-feira anterior, um outro protesto aconteceu durante o festival, que termina no próximo dia 28 e começou no dia 17 deste mês. Uma ativista, que participou da estreia mundial de “3000 anos de saudade”, de George Miller, tirou o vestido para revelar a frase “pare de nos estuprar”, escrita ao lado das cores da bandeira ucraniana, fazendo referência a suposta violência sexual cometida pelas forças russas em guerra.
Imagem em destaque: cena do filme Holy Spider. Crédito: Divulgação
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