Livro que analisa a concentração de renda entre os ricos no Brasil leva o Prêmio Jabuti de 2019
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) anunciou os vencedores do 61º Prêmio Jabuti, em cerimônia realizada no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. “Uma História da Desigualdade: a Concentração de Renda entre os Ricos no Brasil 1926 – 2013”, de Pedro H. G. Ferreira de Souza e da Hucitec Editora, é o Livro do Ano. O autor levou para casa a estatueta do Jabuti e o prêmio em dinheiro de R$ 100 mil.
Na cerimônia, também foram conhecidos os ganhadores das 19 categorias do Jabuti, que receberam o troféu e R$ 5 mil.
A relação de vencedores está disponível em:
https://www.premiojabuti.com.br/premiados-por-edicao/premiacao/?ano=2019.
Em cada uma das 19 categorias havia cinco finalistas, revelados pela CBL em 31 de outubro. As obras concorrentes foram avaliadas por três jurados especialistas em nas diferentes áreas, indicados pelos leitores, mercado editorial e validados pelo Conselho Curador do Prêmio Jabuti. Para o Livro do Ano, prêmio máximo da noite, concorreram as obras vencedoras dos Eixos Literatura e Ensaios.
A escritora Conceição Evaristo, escolhida como Personalidade Literária 2019, foi homenageada pela importância da sua obra, e também porque traz uma reflexão muito importante para sociedade.
O curador Pedro Almeida comemora. Após três anos como membro do conselho curador, Almeida pôde aproveitar toda sua experiência de 26 anos como editor e no próprio Jabuti para compor um conselho, o que possibilitou a formação de um corpo de jurados especialistas nos mais diferentes nichos de literaturas. “Toda a credibilidade de uma premiação está na seleção dos jurados, e conseguimos reunir nesta edição um time dos sonhos”, explica. Na cerimônia da premiação, seu discurso apontou para uma questão: “Quando foi a última vez em que um escritor negro recebeu uma grande homenagem por sua obra, em vida? Eu vasculho em minha memória e só consigo pensar em Machado de Assis. E isso aconteceu há mais de 100 anos. Há algo muito errado nisso”.
Para Vitor Tavares, presidente da CBL, “o momento é de muitos desafios, mas também de muitas oportunidades. O Prêmio Jabuti, com seus 61 anos de existência, continua sendo um importante meio para a disseminação da leitura e para o reconhecimento de toda cadeia de produção literária no País”.