Deputados rejeitam proposta que exige veterinário em pets e lojas agropecuárias
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados rejeitou proposta que torna obrigatória a presença de médico veterinário em estabelecimentos que industrializem, fabriquem, comercializem ou armazenem produtos destinados à prevenção ou ao tratamento das doenças dos animais. Entre as atribuições do profissional estaria a orientação do consumidor e a manutenção de cadastro atualizado dos produtos disponíveis no estabelecimento.
A medida está prevista no Projeto de Lei 5306/19, do deputado Domingos Sávio (PL-MG). O relator na comissão, deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), recomendou a rejeição com o argumento de que o projeto reservaria mercado para veterinários e poderia prejudicar pequenos estabelecimentos.
“A definição de produto de uso veterinário apresentada pelo projeto é bastante ampla, indo de produtos de embelezamento dos animais a desinfetantes de ambientes”, explicou Fonteyne. “Ou seja, qualquer pequena loja agropecuária estaria sujeita aos termos do projeto e seria obrigada a contratar um médico veterinário para ficar disponível durante o horário de funcionamento”, afirmou.
Fonteyne considerou ainda o salário médio de R$ 3 mil de um veterinário, adicionado dos encargos trabalhistas e previdenciários, como gerador de custos de até R$ 6 mil mensais para a contratação do profissional.
“Muitas pequenas lojas agropecuárias estariam condenadas ao fechamento das portas. A menor concorrência permitiria o aumento dos preços daqueles que lograssem continuar a operação, e a conta sobraria para os clientes, que pagariam mais caro pelos produtos de uso veterinário”, ponderou também o relator.
O projeto ainda será apreciado por outras comissões da Câmara dos Deputados em caráter conclusivo.
Imagem em destaque: Pexels
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